Os 639 alunos do Colégio Christus que terão 14 questões anuladas, sendo 13 por decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região e uma do Ministério da Educação, sofrerão prejuízos mínimos, devido à metodologia utilizada no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Para os mais de 4 milhões de candidatos de todo o país, as 180 questões serão consideradas válidas.
A Teoria da Reposta ao Item (TRI) utiliza o item como unidade básica de análise e propõe que o desempenho em um teste pode ser explicado pela habilidade do avaliado e pelas características dos itens do teste. Da prova dos alunos do Colégio Christus serão consideradas 166 questões, sem alterar a pontuação máxima de 1 mil pontos da prova. Este modelo permite que o cálculo da proficiência não esteja relacionado somente ao número de acertos, mas também aos parâmetros dos itens e à coerência das respostas. No Enem, os itens são as fontes de informação do teste, e quanto mais itens, maior será a precisão do resultado. Entretanto, variações pequenas no número de itens de um teste tendem a ter pequenas interferências para estimar as proficiências.
A TRI qualifica o item de acordo com três parâmetros: poder de discriminação, que é a capacidade de um item distinguir quem tem a proficiência requisitada de quem não a tem; grau de dificuldade, e possibilidade de acerto ao acaso (chute). Essas características permitem estimar a habilidade de um avaliado, garantindo que as habilidades medidas a partir de um conjunto de itens possam ser comparadas com outro conjunto na mesma escala, ainda que os itens não sejam os mesmos e haja quantidades diferentes de itens utilizados para o cálculo.
A teoria pressupõe que um participante em um certo nível de proficiência tenderá a acertar os itens de nível de dificuldade menor que sua proficiência e errar os itens de nível de dificuldade maior. Ou seja, o padrão de resposta do participante é considerado no cálculo do desempenho. Entre as vantagens metodológicas da TRI está a possibilidade de elaboração de provas diferentes para o mesmo exame. Essas provas podem ser aplicadas em qualquer período do ano, com o mesmo grau de dificuldade, e permitem a comparabilidade no tempo.
O Ministério da Educação e o Inep seguem acompanhando o inquérito da Polícia Federal que apura a responsabilidades pela antecipação das questões aos alunos do Colégio Christus, de Fortaleza. Se ficar provado o envolvimento do Colégio Christus ou de seus agentes, eles serão responsabilizados civil e criminalmente.
Por Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Educação
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