segunda-feira, 27 de abril de 2009

Vozes do Engenho Velho

Grupo Vocal Performático que tem como proposta agregar ao canto diversas linguagens artisticas como poesia, dança, teatro e outras...

O grupo Vozes do Engenho nasceu em 2004, na comunidade do Engenho Velho de Brotas, um dos bairros mais populosos de Salvador, que originalmente era um dos muitos engenhos que produziam açúcar, também bairro onde morou o poeta Castro Alves.

Com intuito de dar suporte técnico a grupos que já produziam em comunidades, o projeto PopulAção Cultural, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, veio apoiar com aulas de canto o Bloco Afro Okambi, grupo que trabalha com Sambas Juninos, tradição do bairro, onde vários grupos de samba duro saem às ruas executando suas composições, com uma levada bem característica herdada dos batuques dos escravos de engenhos. 

Com a grande procura da oficina de canto e o pouco número de vagas para cantores, viu-se a necessidade de montar outro grupo mais abrangente que transitasse também por outros ritmos. Daí surgiu a oficina de Canto Coral, ministrada pelo profº Marcelo Jardim, idealizador do grupo, formado em Canto pela Universidade Federal da Bahia.
 
Ainda em 2004, ao final de um ano de trabalho, nasce o primeiro espetáculo intitulado “África”, direção do profº Marcelo Jardim, apresentando em sua proposta um trabalho cênico envolvendo a dança e o teatro, através do trabalho da coreógrafa Cristina Castro. Este espetáculo foi apresentado no Festival PopulAção Cultural na maior praça de Salvador, Campo Grande. O grupo estréia com sucesso e boa repercussão dentro e fora da comunidade, dias depois repetiria o êxito no Cine Teatro Solar Boa Vista, situado em seu bairro natal. 

No ano seguinte o grupo foi convidado a participar do VI Festival Montense, na cidade de São Francisco do Conde, região do recôncavo Baiano, fazendo sua primeira viagem. Ainda em 2005 pelo projeto População Cultural, porém incluído no VI Mercado Cultural, o Vozes do Engenho apresenta o espetáculo “Sons do Nordeste” também no Campo Grande, montagem com direção de Marcelo Jardim e concepção cênica de Rino Carvalho. Além da boa performance no centro da cidade, o espetáculo foi apresentado também no Cine Teatro Solar Boa Vista para a comunidade. É neste espaço que até hoje são realizadas as aulas e ensaios do grupo, que a partir de 2006 passou a ser viabilizado pelo Ponto de Cultura Cine Teatro Solar Boa Vista. 


Através do Ponto de Cultura, no ano de 2006, o grupo apresenta o espetáculo “Um canto doce”, montagem construída na pesquisa do universo de Caymmi, o qual estréia no Cine Teatro Solar Boa Visa, partindo em seguida para apresentações nas comunidades de Plataforma e Alto do Cabrito, além de participar de intercâmbios entre Pontos de Cultura, na cidade de Salvador. Neste ano também, é apresentado o espetáculo “Baiano é Assim Também”, dirigido pela cantora Manuela Rodrigues que trabalhou com o grupo ao longo do ano.

Em 2007, o Vozes ganha um reforço da dançarina e coreógrafa Norma Santana, contribuindo na preparação corporal e direção cênica. Neste ano é lançada a idéia de explorar as tendências e preferências individuais, promovendo internamente um intercambio, que resultou no espetáculo “De um tudo”, expressão popular comum na Bahia, o qual foi apresentado no Cine Teatro Solar Boa Vista com enorme sucesso de público. Recentemente Participou das apresentações artisticas da Teia do Ponto de Cultura em Brasília estreiando o espetáculo "Ser Tão Mar" sucesso de publico e critica a nivel nacional. 

Atualmente o grupo se dedica as aulas e ensaios com 20 (vinte) integrantes, sendo que 5 (cinco) são membros fundadores, alguns se dedicam a instrumentos harmônicos e percussivos.

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