domingo, 24 de maio de 2009

Animais nos circos, por que proibir em vez de fiscalizar?

Há alguns anos eram mais de 3.500 circos com animais espalhados pelo Brasil, hoje, após anos de luta de entidades de proteção ao meio ambiente, esses circos estão se extinguindo. Não se sabe ao certo quantos animais ainda são mantidos neste tipo de cárcere.

Ao invés de proibir por que não implanta-se um órgão fiscalizar de animais em circo? Ora, isso seria como implantar um órgão oficial de fiscalização ao trabalho escravo. Não podemos admitir essa exploração comercial de seres vivos aprisionados.

Substituir animais por arte é uma tendência mundial e irreversível. Cada animal utilizado em circo significa um emprego a menos, um artista desempregado, um malabarista no farol das grandes cidades, e um animal escravizado e condenado a viver pelo resto da vida enjaulado e sendo obrigado a desempenhar um papel completamente incompatível com sua natureza. Ao proibir o uso de animais, mais oportunidades de empregos para artistas humanos de talento inquestionável serão criadas, a diversão continua garantida e a sociedade será mais justa, visto que o exemplo dado às crianças será de esforço e superação humana, e não mais de exploração e dominação pela força. Alguns dos melhores e mais respeitados circos do mundo, como o nacional Circo Spacial e o canadense Cirque du Soleil, não utilizam animais em seus números, e são exemplos de que a verdadeira arte vai muito além da imaginação.

Alguns municípios já proibiram o uso de animais em circos. Porém, é muito importante a participação da sociedade. Qualquer pessoa pode colaborar denunciando qualquer tipo de maus tratos e abusos. A denúncia é um ato de cidadania e o primeiro passo para o cumprimento das leis. Depende de nós, cidadãos brasileiros, denunciar e exigir respeito. Só assim podemos acreditar num futuro melhor, com crianças educadas e uma sociedade vivendo em harmonia.

Os animais usados nos circos são geralmente animais silvestres, alguns até em vias de extinção, que costumam ser capturados ainda filhotes em caçadas que resultam na morte de seus pais.

São treinados a executarem determinadas rotinas muitas vezes por métodos violentos e diários, que incluem açoitamento, choques elétricos, objetos pontiagudos, espancamentos com barras de ferro e pedaços de pau, queimadura das patas etc.. A maioria têm suas garras e dentes arrancados e/ou serrados para não representar tanto perigo.

A maioria desses animais adquire comportamentos neuróticos por viverem em cativeiro.

Além das diversas torturas dos treinamentos, esses animais são mantidos trancafiados ou acorrentados em pequenas jaulas sem a mínima condição de higiene.

Nenhum comentário:

Postar um comentário