sábado, 18 de julho de 2009

Rede Música Brasil

Associação apoia proposta do Governo Federal para setor musical

O vice-presidente da Associação Brasileira de Festivais Independentes de Música (Abrafim), Pablo Capilé, apresentou seu apoio à Rede Música Brasil, ontem, 16 de julho, em audiência com o ministro da Cultura interino, Alfredo Manevy. A Rede é uma proposta estruturante de política do Governo Federal para o setor musical, elaborada pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) em discussões com o segmento.

A primeira versão da Rede Música Brasil foi apresentada durante o evento Porto Musical, em Recife, pelo diretor do Centro de Música da Funarte, Cacá Machado, ainda com o nome Circula Brasil. Após a consulta do setor, o programa foi ampliado e rebatizado. A série de editais e programas de qualificação que compõem a Rede Música Brasil serão anunciadas na Feira de Música de Fortaleza, em agosto.

A primeira ação do programa será a inclusão do grupo Pró-Conferência Nacional de Música na plataforma do Fórum de Cultura Digital Brasileira. Além de receber o apoio à proposta do governo, o ministro interino e secretário executivo do MinC elogiou as ações da Abrafim. “Parabéns pela iniciativa, pois esse é o momento em que a economia do setor musical está em processo de reformulação”, ressaltou Manevy.

Ele também elogiou a iniciativa da Abrafim de aderir à proposta, afirmando que é importante a construção dessa rede para que o segmento ganhe legitimidade. “Essa é uma área marcada pela fragmentação de nichos, de estilos e posicionamentos, portanto, essa proposta é bem-vinda para que ganhe corpo, voz e suas reivindicações possam ser colocadas na Conferência Nacional de Cultura.”

Salientou, no entanto, que a proposta não pode ganhar um caratér puramente político, precisa agregar e ser criativa. Para o secretário executivo do MinC, a politização exacerbada da iniciativa pode esvaziá-la e assim todo o esforço se constituiria em tempo perdido, pois os erros cometidos no passado estariam se repetindo. “Não pode haver a politização no mau sentido, e sim no bom que é agregar vozes dissonantes em um discurso forte e comum”, explicou.

“Nos últimos quatro anos, o segmento musical se organizou de uma forma impressionante. Houve muitos avanços na área, alguns nichos eliminaram vários gargalos. Precisamos aproveitar esse momento e avançar no sentido de que a Rede Música Brasil funcione como esse grande guarda-chuva que proteja os diversos atores e os una em torno de uma agenda comum”, enfatizou Capilé.

Também participaram da audiência o secretário de Políticas Cultura do MinC, José Luiz Herencia, e o diretor do Centro de Música da Funarte, Cacá Machado.

(Marcos Agostinho, Comunicação Social/MinC)

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