Software inédito para ensino de música a cegos será lançado na BNB

Programa de capacitação para professores em Musibraille será realizado em todo o país

Foi lançado na última quarta-feira, 8 de julho, na Biblioteca Nacional de Brasília, o primeiro software em língua portuguesa para a transcrição de partituras em Braille. Desenvolvido por professores do Núcleo de Comunicação Eletrônica da UFRJ, o componente faz parte de um projeto que visa a capacitar profissionais de educação musical para trabalharem com músicos e estudantes cegos. O Musibraille será distribuído durante as oficinas de capacitação que serão realizadas em capitais de cada região do Brasil, mas o software pode ser baixado gratuitamente pela Internet.

As oficinas em Brasília acontecem até hoje (10), e em seguida serão realizadas no Recife (de 4 a 7 de agosto, na Biblioteca Pública Pernambucana da Secretaria de Educação do Estado); em Belém (de 2 a 5 de setembro, na Universidade Federal do Pará), no Rio de Janeiro (de 6 a 9 de outubro, no Instituto Benjamim Constant) e em Porto Alegre (de 10 a 13 de novembro, na Usina do Gasômetro).

O software Musibraille foi criado pelos professores Dolores Tomé, Antônio Borges e Moacyr de Paula Rodrigues Moreno (UFRJ), sob o patrocínio da Petrobras. A técnica de Musicografia Braille foi desenvolvida em 1828 pelo francês Louis Braille, permitindo que um texto musical de qualquer complexidade possa ser transcrito para a forma tátil e ser facilmente assimilado pelos deficientes visuais. Ao aprenderem a manusear com o software, professores de música sem conhecimento da Musicografia Braille deixam de recusar estudantes cegos por julgarem impossível o aprendizado da partitura musical com efetividade.

Estiveram presentes ao lançamento do software, o governador José Roberto Arruda, José Samuel Magalhães (Petrobras), Américo Cordula (secretário da Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura), Silvestre Gorgulho (Secretário da Secretaria de Cultura), Antonio Borges (programador do software Musibraille), Dolores Tomé (coordenadora do Musibraille) e Antonio Miranda (diretor da Biblioteca Nacional de Brasília).

Ascom da Secretaria de Cultura do Distrito Federal