O pesquisador, psicólogo e psicanalista francês Claude Schauder apresentou nesta quarta-feira (19) em conferência promovida pelas comissões de Educação, Cultura e Esporte (CE) e de Assuntos Sociais (CAS) pesquisa que vem desenvolvendo com apoio do Ministério da Saúde Francês com o objetivo de reduzir a mortalidade perinatal e materna e contribuir para o desenvolvimento de políticas prénatais mais humanas.
O estudo do qual Schauder participa começou em 2007 em prosseguimento a programas instituídos a partir de 1945 que tratam do acompanhamento médico de gestantes e recém-nascidos.
O programa recebeu orçamento de 270 milhões de euros para o período de três anos e tem entre suas metas a modernização dos locais de atendimento médico e dos locais de realização dos partos; a melhoria do atendimento psicológico e social da mãe e da criança e a criação do programa de preparação ao nascimento e ao parto.
O programa de perinatalidade é realizado por meio do acompanhamento das decisões da mulher ou do casal no que se refere à saúde, gravidez, e parto, bem como pela detecção dos fatores de risco, com encaminhamento a especialistas, se necessário. Também é estimulada, disse Schauder, a adoção de estilo de vida saudável para a família e reforçada a confiança da mãe durante a após a gestação.
Durante a conferência, Claude Schauder ressaltou que a gravidez é um período no qual são reativados conflitos e problemáticas psíquicas vividas pela gestante e o pós-parto é uma fase de muita fragilidade para o bebê - em que há as maiores taxas de mortalidade infantil - assim como para a mãe, em razão de dificuldades psicológicas.
As condições em que vivem mãe e filho no período que antecede e sucede imediatamente o nascimento - o período perinatal -, ressaltou o pesquisador, pode afetar o desenvolvimento gestacional, o que pode gerar parto de risco ou prematuro, bem como, após o nascimento, problemas de aleitamento, depressão materna e transtornos relacionais.
O evento foi promovido em parceria com o Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Paulista (Unip) e a Universidade de Strasbourg, na França.
Iara Farias Borges / Agência Senado
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