quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tecnologia aliada ao meio ambiente pode ser a solução ao combate ao mosquito da dengue

O combate ao mosquito da dengue se intensifica neste período do ano, sobretudo na região Centro Oeste.


Depois de quase quatro meses de seca, e o retorno das chuvas em outubro, chegou o momento para a população do Distrito Federal se unir no combate aos focos da Aedes aegypti. Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde, 1.359 casos e duas mortes por dengue foram confirmados até 31 de agosto no DF. Em 2009, foram 402 no mesmo período. Uma forte campanha de mídia tentará reduzir ao máximo este número preocupante. 

A dengue é responsável por cerca de 100 milhões de casos/ano e põe em risco uma população de cerca de 2,5 a 3 bilhões de pessoas no mundo. A doença apresenta taxa de mortalidade de 10% para pacientes hospitalizados e de 30% para pacientes não tratados. A dengue é endêmica de regiões tropicais como o sudeste asiático, sul do Pacífico, África Oriental, Caribe e América Latina.

No Brasil, a região Sudeste é a que registra o maior número de casos de dengue por ano. Cento e trinta pessoas morreram por dengue no Estado do Rio desde janeiro. O número já ultrapassa a metade dos óbitos da pior epidemia de dengue da história no estado, que ocorreu em 2008 e causou 240 mortes. As demais regiões, por ordem de incidência de casos de dengue são Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte.
O principal vilão dessa doença são os pneus usados, local preferido para a proliferação do mosquito. Parece uma praga.  A frustração só não é maior porque existem boas ideias para combatê-la. 

Em Manaus, o combate ao mosquito transmissor da dengue- o Aedes aegypti -, passou a contar com um aliado moderno e divertido. Batizado de “Dengue Combate”, o aplicativo para smartphones foi desenvolvido pelo Instituto Nokia de Desenvolvimento e Tecnologia (INdT),em parceria com a Universidade Federal do Amazonas).

No entanto, é no Recife que existe o envolvimento de toda a população nesse combate. Diariamente, três caminhões percorrem os bairros recolhendo pneus usados, que são levados a um galpão de uma organização ambiental. Tudo é aproveitado e transformado em novos produtos. 

Os pneus usados são triturados e aproveitado na produção de asfalto de borracha. A cada duzentos pneus é possível conseguir 250 litros de óleo, 150 quilos de aço, 300 quilos de carvão mineral. Ainda tem o gás que é utilizado para alimentar as caldeiras. É a tecnologia aliada ao meio ambiente e essencial no combate à dengue; e que deveria ser seguido em todo o Brasil. Basta ter vontade política para aproveitar grande parte dos 67 milhões de pneus que são produzidos anualmente. 

Por Fernando Isoppo

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