A cada ano, a população de boto-vermelho (Inia geoffrensis) diminui 10%, por conta da caça predatória na região amazônica, de acordo com pesquisas realizadas por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI).
Informações apuradas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM), a 700 km de Manau, dão conta de que o problema deve-se ao aumento da matança do boto para a pesca da piracatinga (Callophysus macropterus), peixe necrófago conhecido como urubu d'água.
“Esse golfinho endêmico da nossa região tem sido cruelmente abatido para ser usado como isca na pesca de um bagre, a piracatinga. Por isso, queremos estabelecer um processo que resulte na elaboração de ações efetivas para eliminar essa atividade cruel e insustentável na região”, disse a coordenadora do Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA), do Inpa, Vera da Silva.
Com intuito de encontrar soluções para o problema, representantes do LMA, da Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) têm encontro marcado na próxima terça-feira (18), na sede do Inpa, na Avenida André Araújo, Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus, em um workshop para discutir a situação atual de conservação do boto-vermelho.
O evento reunirá ainda instituições e organizações interessadas na conservação e proteção dos recursos naturais da Amazônia.
Do G1 AM
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