sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Iphan-PE e prefeitura de Caruaru criarão Comitê Gestor para a mais famosa feira do Município


Nos dias 09 e 10 de novembro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan-PE, em parceria com a Prefeitura Municipal de Caruaru, realizarão, no Auditório do Hotel Eduardo de Castro, um Fórum com o objetivo de criar um Comitê Gestor para a Feira de Caruaru, localizada no Agreste Pernambucano. 

A Feira reflete a vida, os hábitos, a alma e a cultura do povo local, sendo um lugar de memória e de continuidade dos saberes, fazeres e expressões tradicionais nordestinas. Desde dezembro de 2006, a Feira que é referência viva da história e da cultura, é considerada um Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. 

Os bens culturais registrados são necessariamente inventariados, documentados e estudados. Essas pesquisas ajudam a identificar quais problemas ameaçam a continuidade da existência desses bens e também de que forma sua produção, circulação e valorização podem contribuir para melhorar a vida das pessoas que com eles se identificam. O futuro Comitê contará com a participação de representantes do Estado e da sociedade e irá coordenar o desenvolvimento do Plano de Salvaguarda, sua avaliação e desdobramentos.

A Feira de Caruaru



Localizada no município que leva seu nome, a Feira de Caruaru está a aproximadamente 130 km da capital, Recife. Instalada no Parque 18 de Maio – antigo Campo da Monta é uma feira permanente, formada por diversas seções ou “feiras”. São 13 as feiras que constituem a Feira de Caruaru: Feira de Gado, Feira dos Importados, Feira da Sulanca, Feira do Artesanato (incluindo o Museu do Cordel), os Mercado de Farinha e da Carne, Feira das Frutas e Verduras, Feira de Raízes e Ervas medicinais, Feira do Troca-troca, Feira de Flores e Plantas Ornamentais, Feira do Couro (calçados, chapéus, bolsas), Feira Permanente de Confecções Populares, Feira de Bolos, Goma e Doces, Feira das Ferragens e Feira do Fumo.

As origens e a história

Na época da colonização, área do município de Caruaru era ocupada pela Sesmaria Ararobá, antes habitada pelos índios Cariri, que denominavam a região de “Caruru” ou “Caruaru” (caru: principal; aru: campo ou sítio). A história de Caruaru teve início com a chegada dos familiares do Cônego Simão Rodrigues de Sá nos fins do século XVII, incentivando as informações de viajantes sobre possibilidades de exploração econômica naquela localidade.

No início do século XVIII, Caruaru era uma fazenda de gado localizada às margens do Rio Ipojuca, que era utilizada como caminho das boiadas para os engenhos. Em 1978, José Rodrigues de Jesus inicia a construção da capela de Nossa Senhora da Conceição. A fazenda se tornava um ponto de encontros, onde aos domingos se assistia a missa e se encontravam parentes e conhecidos, ocorrendo também negociação de artigos. A presença dos mascastes era habitual naqueles caminhos. Estes passaram a pedir refeições como também dormitórios aos moradores da fazenda. Assim se iniciavam as relações comerciais.

Em 18 de maio de 1857, Caruaru é elevada de vila à categoria de cidade.
Ao longo dos séculos XIX e XX, os acessos pela estrada de ferro e mais tarde pelas rodovias tornaram Caruaru o polo comercial mais importante da região. A feira cada vez mais fortalecida em todos os sentidos permaneceu localizada no centro da cidade, por quase dois séculos. Transferida para o Parque 18 de Maio, (antigo Campo de Monta) situado na margem sul do Rio Ipojuca permanece até hoje mantendo a sua importância.

Apoio e fomento

O Governo Federal, por meio do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial – PNPI, busca apoiar e fomentar projetos de identificação, reconhecimento, salvaguarda e promoção do patrimônio cultural brasileiro.

Isto quer dizer que o Iphan pode contribuir como parceiro no trabalho de instituições e grupos locais que querem preservar bens e práticas que identificam como “patrimônio”. Muitas ações são realizadas a partir do diálogo e da negociação com as pessoas que propõem projetos aos Editais do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI) ou com os grupos locais: Prefeituras, Associações Comunitárias, Organizações Não Governamentais, Secretarias Estaduais, Municipais, Microempresas, enfim, todo e qualquer tipo de instituição, pública ou privada, pode, junto com o Ministério da Cultura e o Iphan, promoverem ações de preservação de nossos bens culturais.

Serviço
Fórum para criação de Comitê Gestor
Local: Auditório do Hotel Eduardo de Castro – Caruaru/PE
Horário: 08 às 13h

Fonte: Ascom- Iphan/PE

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