Na programação desta quinta-feira, 20/08, para o 21º aniversário da Fundação Cultural Palmares, a capoeira dá o tom. Cerca de cem mestres de capoeira vindos de todas as regiões do Brasil têm um encontro na Fundação Palmares, a partir das 9h, para colocar em pauta nacional o reconhecimento da capoeira, já registrada pelo IPHAN como Patrimônio Cultural Brasileiro e os possíveis desdobramentos deste reconhecimento e sua expansão pelo mundo.
Participam dessa discussão, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o presidente da Fundação Palmares, Zulu Araújo, o presidente do IPHAN, Luiz Fernando de Almeida, o representante do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Kessel, e estudiosos do assunto.
Terão a palavra os mestres Pop, de Santa Catarina (capoeira regional); mestre Suíno, de Goiás (capoeira contemporânea). mestre Bonates, de Manaus (capoeira angola), e mestra Janja, de Salvador (capoeira angola).
Ao final, a partir das 17h30, o som da Orquestra N´Zinga de Berimbau, sob a coordenação da mestra Janja, mestra Paulinha e mestre Poloca, e participação especial de Tião Carvalho, brinda os mestres. A Orquestra N´zinga de Berimbaus é uma inovação dentro do universo da Capoeira Angola. São cerca de 30 pessoas reunidas não apenas para reproduzir os toques clássicos da capoeira, mas para extrapolar sua musicalidade, usando estes toques como referência para uma série de intervenções e brincadeiras rítmicas.
Criada em 1999, pelo Grupo N´zinga de Capoeira Angola, uma das referências da Capoeira Angola em São Paulo, a Orquestra surgiu da necessidade de transformar em música e espetáculo um trabalho ligado à tradição angoleira no Brasil em seus aspectos mais complexos: filosofia, dança, ritmo, jogo, luta e brincadeira.
A partir das 18h, no platô da FCP, uma roda de capoeira se formará e quem quiser participar é só entrar.
Na sexta-feira, 21/08, às 10h, o cortejo da lavagem, Terreiro Ilê Ase Ode Onisegum - Pai Ribamar - Platô da FCP; a seguir, alunos da oficina de percussão, com Mário Pam (Ylê Alê), fazem mostra do que aprenderam. Na seqüência, uma grande roda de capoeira, com os mestres que vieram para o Encontro. Degustação de comida afro-brasileira e samba de roda do Recôncavo Baiano e Congada de Minas Gerais completam a programação.
Por Inês Ulhôa (Assessoria de Comunicação da Fundação Cultural Palmares)
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