quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Lançamento do livro A História do Turismo de Florianópolis


Destino cobiçado por visitantes do mundo inteiro, a capital catarinense despertou para aquela que seria sua maior vocação a partir da década de 1950. Na época, a cidade tinha apenas 70 mil habitantes, cerca de 2 mil veículos e um hotel de razoável qualidade.


O acesso a lugares como a Lagoa da Conceição e o Norte da Ilha era precário e, lá chegando, a infraestrutura encontrada beirava a zero. Em A História do Turismo de Florianópolis - narrada por quem a vivenciou (PalavraCom Editora), Antônio Pereira Oliveira mostra como uma atividade quase amadora transformou-se em uma forte realidade social e econômica. O livro vai das iniciativas pioneiras para promover as belezas naturais da cidade às alternativas para reduzir a sazonalidade.


Em uma reportagem de 1950 publicada no jornal A Gazeta, por exemplo, Florianópolis é descrita como “a mais encantadora e festiva, maravilhosa e travessa, dos morros, das praias, das águas verdes e do vento Sul” – mesmo que então somente o centro da cidade e parte do continente possuíssem iluminação pública e as atrações turísticas se resumissem à ponte Hercílio Luz, ao mar e à vegetação verde e florida.

Os fatos relatados na obra são fruto de sete anos (2003 a 2010) de pesquisa em mais de 30 mil jornais e da própria experiência do autor na área. Oliveira começou guiando um grupo de paulistas pela Lagoa da Conceição e Barra da Lagoa. Em 1967, criou a primeira agência de viagens da cidade, a Ilhatur (fechada em 2003) e não parou mais de se envolver com o tema: fundou a seção estadual da associação da categoria (ABAV/SC) em 1975 e também foi professor na Escola Superior de Administração e Gerência (ESAG).


Hoje à frente da Pereira Oliveira Viagens e Consultoria em Turismo, ele se lembra do tempo em que a cadeia produtiva do setor dependia de uma boa temporada para sobreviver pelo resto do ano. O verão continua sendo a estação mais movimentada, mas o turismo de eventos já obtém resultados consideráveis, tornando Florianópolis a terceira cidade do país que mais recebeu feiras e congressos internacionais em 2010. “Espero que os benefícios que o turismo pode produzir sejam transferidos para os moradores, como acontece em diversas regiões do mundo há muitos anos”, destaca o autor.


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