quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Copa 2014: A cultura de Fortaleza a seus pés


Cartões-postais de todo o Brasil apresentarão roteiros por seus principais pontos turísticos durante a Copa do Mundo de 2014. Há quem diga que a melhor forma de se conhecer uma cidade é caminhar sem pressa por ela, apreciando cada convite feito pela história e pela beleza de ruas, praças e monumentos. Já pensou no que fazer em 1h turismo a pé em cada cidade-sede?

 Com 34 quilômetros de praias e uma história fruto de embates entre potiguares, portugueses, franceses e holandeses, a capital do Ceará, Fortaleza, está sempre disposta a revelar muito mais a quem dedicá-la momentos de caminhada por seu centro histórico. E por que não começar essa experiência pelo logradouro que atende pelo nome de um dos filhos mais ilustres da cidade? A Praça José de Alencar fica em um quadrilátero formado pelas ruas 24 de Maio, General Sampaio, Guilherme Rocha e Liberato Barroso e é um dos lugares mais famosos da cidade.

A praça é o palco, a céu aberto, para emboladores, repentistas, palhaços e outros tantos artistas mambembes que buscam aplausos e alguns trocados como paga. Ao lado está a Rua Liberato Barroso, o caminho para o teatro de mesmo nome da praça. Com seis espaços cênicos, só a visita ao Theatro José de Alencar, tombado como Patrimônio Nacional pelo Iphan, já vale o passeio.

A arquitetura eclética da casa de espetáculos é um dos mais belos exemplares brasileiros. O teatro possui uma sala de espetáculo em estilo art noveau, um palco a céu aberto e um prédio anexo, com 2,6 mil metros quadrados. Ele é a sede do Centro de Artes Cênicas (Cena), o Teatro Morro do Ouro, a Praça Mestre Pedro Boca Rica, a Biblioteca Carlos Câmara, a Galeria Ramos Cotôco, quatro salas de estudos e ensaios. Nele, são desenvolvidas oficinas de cenotécnica, de figurino e de iluminação. Além disso, o teatro abriga a Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho e o curso Princípios Básicos de Teatro e Circo.

Com um par de tênis a postos, é possível sair do teatro e, pela Rua General Sampaio, conhecer a casa construída pelo poeta Juvenal Galeno, em 1886, que hoje é um centro incentivador da cultura no estado. O local já recebeu personalidades como Rachel de Queiroz, Euclides da Cunha, Gustavo Barroso, Antônio Sales, Leonardo Mota, Jáder de Carvalho e Patativa do Assaré. A construção também foi palco de outro fato histórico: lá, o poeta fez questão receber a Medalha da Abolição da Escravatura do Governo do Estado do Ceará.

A cultura segue pelas ruas de Fortaleza. Saindo da casa de Galeno, basta andar quatro quadras para chegar à Vila das Artes – um novo complexo que difunde a produção da cidade, por meio artistas ainda pouco conhecidos, e se propõe a formar, por meio da cultura, cidadãos mais conscientes.

Roteiros históricos, literários e arquitetônicos já estão nas opções oferecidas pela Secretaria de Cultura da cidade (Secultfor). São projetos como o “Fortaleza a Pé”, que oferece itinerários fixos todos os meses, para quem preferir descobrir a cidade com guias especializados em Turismo Cultural e comentários dos próprios moradores. Mais informações podem ser adquiridas na Secretaria de Turismo de Fortaleza (Setfor) e pelos e-mails: gersonglinhares@yahoo.com.br;  fortalezaape@yahoo.com.br, ou ainda pelo Facebook: Turismo a Pé.

Caminhando por Iracema
Após uma viagem pela cultura brasileira, a tranquilidade de outros pontos de Fortaleza tem seu espaço garantido na agenda do turista. Durante o dia, a pedida é o calçadão da Praia de Iracema, nome da personagem de José de Alencar. Lá, é possível ver as águas da praia, o movimento das jangadas dos pescadores e saborear um peixinho frito e outros frutos do mar em um dos muitos restaurantes – opções não faltam.

Na Rua dos Tabajaras, à beira mar, estão os cardápios mais tradicionais. Para quem busca preços populares, a área na entrada da Ponte dos Ingleses oferece várias barracas vendendo iguarias menos “calóricas” para o bolso. Conhecida como um dos mais tradicionais pontos turísticos de Fortaleza, a Ponte dos Ingleses, do início do século 20, também é um bom local para curtir o pôr-do-sol.

Homenageando o jangadeiro Francisco José do Nascimento, pelo seu engajamento na luta pala libertação dos escravos, em 1881, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, também em Iracema, tem como palavras de ordem: “movimento e cultura”. Cafés, cinemas, museus, teatro, livraria, local para exposições e um planetário são algumas das atrações do espaço que é um verdadeiro ícone na cidade e que sempre conta com programações artísticas para os moradores e para os visitantes.

ASCOM/Ministério do Turismo

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